O que é a Doença de Alzheimer ?
- Rodrigo Buksman
- 24 de jan. de 2017
- 2 min de leitura

Trata-se de uma doença neurodegenerativa, que progride de modo irreversível, devido a uma destruição das células cerebrais. À medida que esta destruição ocorre, as conexões entre os neurônios são rompidas, havendo também uma diminuição das substâncias que transmitem mensagens entre os neurônios (neurotransmissores). A consequência desse processo é refletida pelo comprometimento da memória, do raciocínio, e por mudanças da personalidade, além de uma incapacidade crescente para lidar com as tarefas da vida diária. Só idosos tem este problema? É uma doença de evolução muito rápida? Uma minoria de pessoas mais jovens pode herdar a doença, mas na grande maioria dos casos, é a partir dos 65 anos que ela surge com intensidade significativa: cerca de 5% dos indivíduos nesta faixa etária são acometidos. Este percentual aumenta com o envelhecimento , sendo que algumas publicações estimam que a partir dos 85 anos 45% dos indivíduos podem ter D. Alzheimer. Deve-se entretanto frisar que esta condição é uma doença, ou seja, não faz parte do envelhecimento normal. O único fator de risco então é a idade? Não, a história familiar também é relevante, assim como pode haver correlação com depressão, isolamento social, stress elevado, baixa escolaridade, Diabetes mellitus, trauma craniano, perfil genético da apolipoproteina E (uma proteína que ajuda a transportar o colesterol no sangue) e outros fatores. Se a memória começa a falhar é sinal que que a doença já se instalou? As falhas de memória podem ser um sintoma inicial de uma pessoa que está evoluindo para a D. de Alzheimer, porém a grande maioria das pessoas com esquecimentos eventuais não tem esta doença. Merecem atenção especial indivíduos que apresentam os seguintes problemas: fazer a mesma pergunta ou contar a mesma história várias vezes; passar a ter incapacidade de fazer tarefas que eram executadas com facilidade; perder o entusiasmo pela vida; apresentar dificuldades para encontrar palavras e para memorizar novos fatos ou informações. Muitos familiares tem uma tendência para negar e justificar distúrbios que podem estar evidentes. Apesar disso, a procura de um diagnóstico é fundamental, pois apesar de não existir uma cura, o tratamento pode postergar a piora e melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente e de sua família.
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